sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Campanha do MMA evita consumo de 5 bilhões de sacolas plásticas

Divulgação A meta da campanha era atingir 10% de redução de sacolas plásticas até o final de 2010, tendo como base o ano de 2009, quando foram produzidas 15 bilhões de sacolas no Brasil. A meta foi ultrapassada, chegando a 33% de redução.

Melissa Silva

Cerca de cinco bilhões de sacolas plásticas deixaram de ser consumidas em um ano e meio de campanha Saco é um Saco. A meta da campanha era atingir 10% de redução de sacolas plásticas até o final de 2010, tendo como base o ano de 2009, quando foram produzidas 15 bilhões de sacolas no Brasil. A meta foi ultrapassada, chegando a 33% de redução. De acordo com a coordenadora técnica da campanha no Ministério do Meio Ambiente, Fernanda Daltro, trata-se de um "resultado coletivo motivado pelo debate nacional sobre o consumo de sacolas plásticas".
Esse número reúne as estimativas levantadas pelas três maiores redes de supermercado no País (Walmart, Pão de Açúcar e Carrefour), pelas cidades que baniram as sacolas voluntariamente, como Xanxerê (SC) e Jundiaí (SP) e pelo Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, da indústria do plástico.
Durante a campanha foram produzidos 19 spots de rádio, três filmes para TV e cinema - exibidos no canal Futura e nas salas de cinema da rede Rain -, e dois concursos culturais. Além disso, o uso de ecobags foi estimulado por vendas e distribuição gratuita. A rede Pão de Açúcar, por exemplo, vendeu 200 mil sacolas retornáveis em 2010.O Ministério do Meio Ambiente, por sua vez, distribuiu outras 200 mil ecobags.
Com criatividade os supermercadistas buscaram voluntariamente alternativas para favorecer a mudança de comportamento do consumidor. O WalMart criou o programa "Cliente Consciente Merece Desconto", oferecendo desconto de R$ 0,03 a cada cinco itens adquiridos. O desconto é calculado diretamente nos caixas das lojas. Para ganhar o desconto, pode-se utilizar qualquer embalagem alternativa às sacolas plásticas, como sacolas retornáveis, caixas de papelão ou carrinhos de feira.
Já o Pão de Açúcar passou a oferecer pontos no cartão fidelidade aos clientes que recusarem sacolas plásticas e a empresa de produtos de higiene Kimberly-Clark incluiu alças às embalagens de papel higiênico, para que o consumidor não precise de uma sacola plástica para carregar seu pacote
Além dessas empresas, a campanha contou com outros parceiros que agregaram esforços, como Carrefour, CPFL, Livraria Saraiva, CNT, Rádio Câmara, Vivo, Gol Linhas Aéreas e instituições de referência no tema consumo consciente como Instituto Akatu e WWF.
Vários artistas se engajaram na campanha. Entre eles, a apresentadora Xuxa, as atrizes Maitê Proença, Christiane Torloni e Carla Camurati, e personalidades como José Júnior do Afroreggae e o surfista Teco Padaratz, que gravaram spots veiculados em mais de duas mil rádios comunitárias e comerciais.
Consciência ecológica coletiva - Durante os 18 meses de campanha, reduzir o consumo de sacolas plásticas passou a ser consequência do debate promovido com a sociedade brasileira sobre a tragédia socioambiental causada pelo consumo excessivo de sacolas plásticas, bem como do engajamento dos consumidores e do setor varejista na causa.
Para a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, ao mobilizar a sociedade brasileira em torno do tema 'consumo consciente de sacolas plásticas', "a campanha estimulou o pensamento crítico acerca de como consumimos e que impacto este consumo tem no meio ambiente e em nossa qualidade de vida. Provocou varejistas, industriais, o poder público em vários estados e municípios, e também consumidores, a encontrar soluções".

Com a mobilização, foi possível estimular ações de governo e do setor produtivo para o consumo consciente de embalagens e ainda atuar de forma convergente aos objetivos e compromissos do Brasil no Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis, ligado ao Processo de Marrakech, coordenado pelas Nações Unidas, do qual o País participa desde 2007 para apoiar e fortalecer iniciativas que promovam mudanças nos padrões de consumo e produção.
A campanha foi citada pela Consumers International em seu site como um bom exemplo de prática voltada para o consumo sustentável e no cenário internacional colocou o Brasil no grupo de países que já estão fazendo algo para minimizar o impacto ambiental das sacolas plásticas. O uso de ecobags promove a diminuição do consumo de petróleo e sua conseqüente emissão de CO2, bem como a produção de lixo que viaja pelas correntes marinhas por todo o Planeta.
"O ciclo de mudança dos padrões de produção e consumo no Brasil começou", comemora Samyra. "Colocando o País em sintonia com os esforços internacionais e proporcionando aos brasileiros compartilhar a consciência ecológica coletiva."

O que vem por aí - Com o pontapé inicial dado pela campanha, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) se animou e estipulou metas de redução para o setor varejista, atingindo aproximadamente 76 mil estabelecimentos espalhados por todo País. Trata-se de pacto setorial firmado com o MMA que prevê a redução em 30% das sacolas plásticas nas lojas de todo o País até 2013 e 40% até 2014, tendo como base os números de produção de 2010, estimados em aproximadamente 14 bilhões.
Algumas redes de supermercados estabeleceram suas próprias metas, como o Walmart que pretende reduzir em 50% até 2013 e o Carrefour que deseja banir as sacolas plásticas em suas lojas até 2014.
E a conscientização continua, pois como alerta o slogan da campanha: "Saco é um Saco: pro Planeta, pra Cidade, pro Futuro e pra Você".

http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=ascom.noticiaMMA&idEstrutura=8&codigo=6426

2011 é declarado o Ano Internacional das Florestas pela ONU

Campanha sensibiliza a sociedade mundial para preservação das matas, essenciais para a vida sustentável no planeta.

Para sensibilizar a sociedade sobre a importância da preservação das florestas para uma vida sustentável no planeta, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), declarou 2011, oficialmente, o Ano Internacional das Florestas [acesse o site oficial, em inglês].

Segundo a ONU, a ideia é promover ações que incentivem a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de floresta do planeta, mostrando à população mundial que a exploração das matas sem um manejo sustentável pode causar uma série de prejuízos, como a perda da biodiversidade, o agravamento das mudanças climáticas, migrações desordenadas para áreas urbanas e o crescimento da caça e do desmatamento ilegal.

A exploração predatória e o desrespeito ao ciclo de vida natural das florestas têm como consequência a ameaça da sustentabilidade econômica, das relações sociais e da vida humana no planeta. Isso acontece porque as floretas são a fonte, entre outros, de água potável e alimentos. Por outro lado, fornecem também matérias primas para indústrias essenciais como a farmacêutica e da construção civil, além de desempenhar um papel vital na manutenção da estabilidade do clima e do meio ambiente globais.

Florestas são 1/3 do mundo
Atualmente, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), as florestas cobrem 31% da área terrestre total do planeta, abrigam o lar de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo e têm responsabilidade direta na garantia da sobrevivência de 1,6 bilhão de pessoas e de 80% da biodiversidade da Terra. Só em 2004, o comércio mundial de produtos florestais movimentou US$ 327 bilhões (algo em torno de R$ 588,8 bilhões).

No Brasil
O Brasil abriga 60% dos aproximadamente 5,5 milhões de km² da área total da Floresta Amazônica, a maior do planeta. A mata se estende por mais oito países: Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. A Amazônia é também a maior floresta úmida e com maior biodiversidade.

Dentro do Brasil, ela se estende por nove Estados: Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Acre, Amapá, Maranhão, Tocantins e parte do Mato Grosso, representando mais de 61 % do Território Nacional.

Esta riqueza natural, no entanto, tem sido alvo de exploração predatória e ilegal, ameaçando assim o ciclo natural da reprodução dos recursos, bem como a subsistência das comunidades indígenas que habitam a região.

População urbana se beneficia
O estudo Quem se beneficia com a destruição da Amazônia, realizado em 2008 por iniciativa do Fórum Amazônia Sustentável e do Movimento Nossa São Paulo, mostrou que as populações urbanas são as que mais se beneficiam dos recursos extraídos da floresta.

O levantamento cita dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que apontam o Estado de São Paulo como o principal comprador da madeira extraída legalmente da Amazônia: "os paulistas absorvem 23% (12,7 milhões de metros cúbicos de madeira) do total que se extrai na floresta. A quantidade representa mais do que a soma do volume adquirido pelos dois estados que aparecem em segundo lugar, Paraná e Minas Gerais, ambos com 11%", diz o estudo.

90% da madeira é ilegal
No entanto, apesar dos esforços do poder público, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) estimou, em 2008, que o volume de madeira ilegal da Amazônia que abastece o mercado pode chegar a 90% do total consumido no país. A indústria da construção civil, segundo o estudo, é a que mais se beneficia dessa matéria prima.

O título de maior exportador mundial de carne do Brasil também acarreta problemas para as florestas nacionais, já que a expansão das pastagens é um dos principais motivos para a derrubada das matas nativas. De acordo com o levantamento, "entre dezembro de 2003 e o mesmo mês de 2006, apenas 4% dos 10 milhões de novos animais adicionados às fazendas do país não estavam pastando sobre terrenos que um dia já foram floresta". Ou seja, "o crescimento da criação de bois fora da Amazônia é praticamente insignificante" conclui o levantamento.

Soja e carne causam desmatamento
Outra atividade listada por estar relacionadas ao desmatamento é o cultivo da soja. Na safra de grãos de 2008, a cultura de soja no país ocupou 21,3 milhões de hectares - o que corresponde a 45% de toda a lavoura brasileira de grãos - que também é formada por arroz, feijão e café, entre outros. No entanto, segundo o estudo, "5% da produção de soja brasileira era proveniente de terras localizadas no bioma amazônico". Além disso, os prejuízos aos rios e transtornos à população indígena são outras consequências indesejáveis da ocupação sojeira na Amazônia.

A divulgação desses dados resultou na criação, em 2008, dos pactos empresariais da madeira, da carne e da soja, iniciativa desencadeada por entidades da sociedade civil organizada, visando o combate à degradação da floresta amazônica. Ao assinarem os pactos, as entidades assumem a responsabilidade de não se beneficiar nem comercializar produtos provenientes da exploração predatória da Amazônia, além de adotar ações de combate à exploração ilegal da floresta.

Trabalho escravo também é problema
O Pacto Nacional Pela Erradicação do Trabalho Escravo, formado por empresas, associações e entidades da sociedade civil, disponibiliza para consulta pública, uma lista das entidades que se comprometeram e não se beneficiar do trabalho escravo.

http://www.portalodm.com.br/2011-e-declarado-o-ano-internacional-das-florestas-pela-onu--n--493.html

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Video: “A Era da Estupidez”

“A Era da Estupidez” mostra a passividade humana diante das consequências do aquecimento global.

A história se passa em 2055, e o personagem o ‘arquivista’ (Pete Postlethwaite) vive sozinho em um mundo devastado por causa do aquecimento global e utiliza seu tempo arquivando imagens do passado. Selecionando alguns vídeos, ele questiona por que a humanidade não tomou providências enquanto podia.

O filme alterna depoimentos de seis pessoas que, de alguma forma, contribuem, combatem ou são atingidos pelas mudanças ambientais e humanas no planeta aos possíveis cenários para o mundo ao longo dos anos.

Imagens reais e animações tecem o enredo e mostram o que devemos fazer para modificar esse sombrio futuro que nos espera se continuarmos com a má utilização dos recursos naturais.

Através dos depoimentos, tragédias como a do Furacão Katrina, que destruiu o sul da Flórida, são humanizadas e causam empatia nos espectadores, que podem perceber sua participação na mudança climática e assim repensar seu consumo e se engajar na luta a favor da sustentabilidade.

Os contrastes focados pela diretora ilustram as imensas desigualdades sociais entre as pessoas e o quanto a maioria não percebe as consequências dos seus atos.

Preste atenção na justificativa da pequena comunidade inglesa contra a implantação de turbinas que produzem energia eólica, a possível diminuição do preço de suas fazendas pela “feiura” dos tais objetos, e o fato de essas pessoas afirmarem que são a favor das energia alternativas.

A esperança de pessoas como o inglês Piers Guy e sua família, que vivem sustentavelmente, e da nigeriana Layaefa Malemi, que quer entrar na faculdade de medicina e ajudar sua comunidade, amenizam o clima nebuloso causado pelos dados alarmantes do filme.

A “A Era da Estupidez” é um filme que traz muita reflexão e quem sabe pode trazer mudanças no jeito de agir das pessoas. A exibição do longa-metragem está vinculada à Campanha Global de Ações pelo Clima (GCCA), também denominada no Brasil campanha TicTacTicTac, é uma aliança inédita de organizações não-governamentais, sindicatos, grupos religiosos e pessoas que reivindicam um acordo ambicioso e justo na Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Assistam o vídeo, em 9 partes :



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Guia de Aves Mata Atlântica Paulista



Para os interessados, segue o Guia de Aves Mata Atlântica Paulista:

O Guia de aves Mata Atlântica Paulista, produzido pelo WWF-Brasil e pela Fundação Florestal do Estado de São Paulo com o apoio do HSBC, tem como objetivo incentivar a prática da observação de aves na bela região da Serra do Mar e Serra de Paranapiacaba. A obra foi pensada para ajudar todos os observadores, iniciantes ou mais experientes, a descobrir e desfrutar a riqueza multicolorida das aves dessas áreas protegidas.

Pode ser comprado nos Parques por R$ 10, mas também existe a versão digital, segue link para download:

http://www.wwf.org.br/informacoes/?26722/Guia-de-aves-Mata-Atlantica-Paulista



Reforma do Codigo Florestal reduzirá estoques de carbono‏

Dados preliminares de estudo do Observatório do Clima estimam que, se forem aprovadas as alterações no Código Florestal conforme o substitutivo proposto pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), há um risco potencial de quase 7 bilhões de toneladas de carbono acumuladas em diversos tipos de vegetação nativa a serem lançadas na atmosfera. Isto representaria 25,5 bilhões de toneladas de gases do efeito estufa, mais de 13 vezes as emissões do Brasil no ano de 2007.
Um dos dispositivos propostos no Projeto de Lei 1876/99 que altera o Código Florestal trata da isenção de manter e recuperar a reserva legal em pequenas propriedades rurais (até quatro módulos fiscais). A isenção também se aplica ao equivalente a quatro módulos em grandes e médias propriedades. Tal medida é a que tem maior impacto potencial nas emissões de gases do efeito estufa e deixaria uma área total de 69,2 milhões hectares sem proteção da reserva legal, área maior que o estado de Minas Gerais. Segundo o levantamento do Observatório do Clima, o estoque potencial estimado de carbono nestas áreas é de 6,8 bilhões de toneladas, correspondendo a um volume de gases do efeito estufa de 25 bilhões de toneladas de CO2eq (gás carbônico equivalente).
Uma segunda modificação importante prevê a redução de 30 metros para 15 metros na área de preservação de matas ciliares em rios com até 5 metros de largura. Esta mudança faria com que os seis biomas brasileiros deixassem de estocar 156 milhões de toneladas de carbono, correspondendo a mais de 570 milhões de toneladas de CO2eq, numa área de 1,8 milhão de hectares, o equivalente a mais de 2 milhões de campos de futebol.
De acordo com André Ferretti, coordenador do Observatório do Clima, o estudo contempla apenas uma das diversas facetas das propostas de modificação do Código Florestal. “Com a aprovação do texto, a meta do Brasil de reduzir as emissões nacionais de gases causadores do aquecimento global viraria pó, além dos inúmeros impactos causados à biodiversidade”, avalia.
As modificações podem comprometer gravemente a meta brasileira de redução de emissões estipulada na Política Nacional de Mudanças Climáticas. O Brasil assumiu ano passado, em Copenhague, o compromisso de cortar aproximadamente 1 bilhão de toneladas de suas emissões de gases no ano de 2020.
Metodologia
O estudo foi elaborado conforme as metodologias do Good Practice Guidance for Land Use, Land-Use Change and Forestry, do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima – IPCC (IPCC, 2003) e também de acordo com o Segundo Inventário Brasileiro de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa, divulgado em outubro pelo ministério da Ciência e Tecnologia.
O território nacional foi subdividido em unidades espaciais na forma de polígonos que resultaram da integração das seguintes fontes de dados sobre Bioma (IBGE, 2004), Limites municipais (Malha Municipal Digital 2005 do IBGE), Fisionomia vegetal (IBGE, 2004) e Tipo de solo (EMBRAPA/IBGE, 2003).

Conheça o Observatório do Clima: www.oc.org.br





MMA - Lançada mais uma edição da Revista Agenda 21 e Juventude - "Produção e Consumo Sustentáveis - Trabalhos Sustentáveis"

Agenda 21 lança mais uma edição de revista dirigida à juventude.

O quarto número da Revista Agenda 21 e Juventude, lançado nessa quarta-feira (09/12), traz textos de jovens de todo o país sobre experiências e práticas na temática "Produção e Consumo Sustentáveis - Trabalhos Sustentáveis". No lançamento, durante abertura do V Encontro Nacional de Juventude e Meio Ambiente, que se realiza na Reserva Ecológica Paraíso na Terra, em Brazlândia-DF, o coordenador do Programa Agenda 21 do Ministério do Meio Ambiente, José Vicente de Freitas, destacou a importância do protagonismo dos jovens, demonstrado nos textos e em sua atuação coletiva.

Jovens autores também falaram sobre suas contribuições para a revista, destacando que esta deve servir como uma ferramenta em que, através de exemplos práticos, jovens educam jovens, princípio básico seguido pelos Coletivos Jovens de Meio Ambiente.

O V Encontro Nacional de Juventude e Meio Ambiente, que segue até o dia 11 de dezembro, é proposto enquanto um momento de avaliação, proposição e planejamento estratégico para a continuidade e o fortalecimento das políticas públicas de juventude e meio ambiente ao longo das próximas gestões. O encontro é marcado por intenso diálogo, aprendizagem e produção. Pretende-se que os encaminhamentos do encontro sejam estruturantes para o futuro das Políticas Públicas de Juventude e Meio Ambiente no Brasil.

As oficinas e grupos de trabalho, propostos pelos participantes, incluirão temáticas como mobilização social, produção visual e escrita, mudanças climáticas, produção de energia na Amazônia e metodologias de planejamento participativo.

Ao final do encontro serão levantadas experiências e políticas de juventude e meio ambiente nos estados e municípios dos participantes, com produção de documento de avaliação destas políticas em nível federal, bem como um desenho de ações da rede de Coletivos Jovens para o próximo ano.

Acesse a revista http://www.mma.gov.br/estruturas/182/_arquivos/agenda21_juventude2010_182.pdf


Fonte: Agenda 21/MMA


ASCOM
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=ascom.noticiaMMA&idEstrutura=8&codigo=6382

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

As Pessoas com Deficiência e o Mercado de Trabalho





O tema dessa edição será: “As Pessoas com Deficiência e o Mercado de Trabalho: o Papel do Próximo Governo”, e o evento contará com a participação dos palestrante:

Izabel Maior – Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

Linamara Rizzo Battistella – Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência

José Carlos do Carmo – Médico Sanitarista e do Trabalho e Auditor Fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em São Paulo do Ministério do Trabalho e Emprego

Mara Gabrilli – Vereadora do Município de São Paulo e Deputada Federal Eleita para a Legislatura 2011/2014

15 de dezembro de 2010
das 14h00 às 18h00
Auditório Sede Serasa Experian

Faça sua inscrição clicando aqui.




Contamos com sua presença.

GP de Reciclagem Braskem arrecada mais de 13,5 toneladas de resíduos plásticos

Comprovando a afirmativa de que pequenos gestos podem se transformar em grandes ações, a campanha GP de Reciclagem Braskem conseguiu atingir seu objetivo em mobilizar os cidadãos de São Paulo a fazer o descarte dos resíduos plásticos em postos de coletas específicos.

A campanha, que aconteceu entre os dias 4 e 28 de novembro em cinco parques localizados em diferentes regiões da cidade, e no Autódromo de Interlagos durante os três dias da etapa brasileira da Fórmula 1, arrecadou 13,5 toneladas de resíduos plásticos.

Por este gesto de cidadania e de respeito ao meio ambiente, a cidade de São Paulo receberá 500 unidades de mobília urbana, como floreiras e lixeiras. A empresa Plásticos Suzuki será responsável por fazer os móveis de plástico reciclado doados pela Braskem à Prefeitura de São Paulo no aniversário da cidade – no dia 25 de janeiro.

A ação foi uma parceria da Braskem com a Prefeitura de São Paulo e com a Plastivida e envolveu cinco cooperativas para a seleção dos materiais e a pesagem dos resíduos plásticos. As cooperativas escolhidas para essa ação foram: Cooperativa da Capela do Socorro, Corpore Centro, União de Itaquera, Central do Tietê e Coperviva Bem. Cada uma foi responsável por receber o lixo da sua respectiva região. No autódromo a coleta seletiva ficou a cargo da Coopercaps.

Só no autódromo, foram coletadas 12 toneladas de resíduos plásticos. “No conjunto das operações em Interlagos e nos parques, superamos a nossa expectativa. Com as ações de mobilização, além de termos coletado 43% a mais do que estimamos em resíduos plásticos, impactamos um volume expressivo de pessoas, o que nos deixa muito satisfeitos”, disse João Gomes, diretor de Marketing da Braskem.

http://ciclovivo.com.br/noticia.php/1604/gp_de_reciclagem_braskem_arrecada_mais_de_135_toneladas_de_residuos_plasticos/

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

PRÓ TERRA no Ação Total 2010

Olá amigos da PRÓ TERRA!!!
Iremos participar do Ação Total 2010 com o projeto Agroecologia.


É um evento que se realiza anualmente na Praça Floriano Peixoto, (Largo 13 de Maio), organizado pela Associação Comercial São Paulo, em parceria com diversos atores da Rede Social Santo Amaro (setor público, privado e 3º setor), que tem o objetivo de proporcionar atendimento cidadão, orientações e serviços nas áreas de Saúde, Educação, Lazer, Recreação, Bem Estar, Meio Ambiente, Orientação Jurídica, artesanatos, dentre outros, voltados à população em geral.


Terão muitas informações sobre compostagem, como montar seu minhocário e você poderá levar para sua casa sementes de girassol plantadas.

"Ação Total" será no próximo sábado, 11/12/2010, das 9h00 às 17h00 na Praça Floriano Peixoto.


Esperamos vocês lá!!!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Almanaque de Praticas Sustentáveis

O Almanaque para Práticas Sustentáveis vem ocupar uma demanda latente, apontando novos caminhos para uma mudança comportamental, e auxiliando todos os buscadores cidadãos e cidadãs que acreditam nas mudanças de dentro para fora. Esse simples e eficiente manual de bolso se propõem a orientar práticas que fomentem valores como a solidariedade, cooperação, consciência, igualdade, no trilhar para uma "Cidadania Planetária".






Autor: Thomas Enlazador

São Paulo - Estatística da falta de amor


Despoluir o Tietê? Pra quê, se as praias da Floripa imaginária que nos aguarda estão limpas? Esquema de segurança pública? Lá no condomínio em Indaiatuba não tem perigo nenhum.

O número não sai de minha cabeça: 57% dos paulistanos, se pudessem, mudariam de cidade.

Outros dados da pesquisa Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (Irbem), feita pelo Ibope a pedido da ONG Movimento Nossa São Paulo, foram analisados na última edição da época são paulo, mas quero voltar aos tais 57%. Mesmo trabalhando com publicidade e, portanto, tendo sido vacinado contra as "verdades" que aparecem em pesquisas de opinião, fiquei um pouco chocado. Será que, de cada dez pessoas que eu vejo na fila do cinema, seis estão pensando em picar a mula?

Essa é uma estatística muito constrangedora. Como quando um amigo avisa a você que vai terminar com a namorada antes de contar a ela. E você se pega jantando com eles, olhando pra ela com pesar e pensando "pode pedir o filé com alho, tonta, ele vai largar você mesmo...". Afinal, se toda essa gente está esperando a primeira oportunidade pra zarpar, que tipo de relação estaríamos construindo com nossa cidade? E, pior ainda, que cidade vai emergir dessa relação?
Meu trabalho consiste basicamente em fazer você achar um sabonete mais legal do que o outro.

E pode parecer estranho, mas o segredo não está no sabonete, mas em você. Afinal, sabonetes são objetos inanimados cujo valor só existe quando enxergado por alguém. O trabalho do publicitário é abrir seus olhos para a riqueza que já existe em você e que o torna capaz de criar valores como lealdade e fidelidade até mesmo com um sabonete. Ou seja, é da beleza que já existe em você que nasce a beleza das coisas ao seu redor. É da riqueza que você empresta que nasce a riqueza do mundo. E com uma cidade não é diferente. É do amor que existe em seus cidadãos que nascem os motivos para amá-la.

No ano passado estive em Berlim, na Alemanha, onde me apaixonei pelas faixas exclusivas para ônibus, táxis e bicicletas. Quem mora em Berlim dá valor à ecologia, à simplicidade e a sua própria saúde. E você percebe isso só de olhar para a cidade. A faixa de bicicletas reflete aquelas pessoas que se organizaram para tê-la.

E o Rio de Janeiro, então? Uma cidade com uma guerra urbana conflagrada, mas que, movida pela inquebrantável autoestima de seus moradores, conquista o direito de sediar a próxima Olimpíada. Os cariocas querem ver a beleza que o Rio teve um dia e que só restou dentro deles. E, aos poucos, estão conseguindo.

E o que nós vamos conseguir se 57% dos paulistanos acham que a saída para os problemas da cidade é o aeroporto? Despoluir o Tietê? Pra quê, se as praias da Floripa imaginária que nos aguarda estão limpas? Melhorar o transporte público? Ora, o da Curitiba onírica pra onde vamos já funciona. Já sei! Desenvolver um esquema de segurança pública que funcione? Nããão... Lá no condomínio em Indaiatuba pra onde a gente vai mudar não tem perigo nenhum. Nos envolver na educação de nossos filhos, cuidando nós mesmos das escolas públicas? Nada disso. Vamos todos pra Orlando vestindo orelhas de Mickey.

Uma vez, vi uma palestra do Jaime Lerner, o urbanista e prefeito que pôs Curitiba no mapa. Ele pediu que alguém desenhasse um mapa de São Paulo na lousa. Ninguém se ofereceu. Aí ele perguntou: "Como é que a gente pode amar alguma coisa ou cuidar dela se nem sabemos como ela se parece?" E hoje eu pergunto: como é que a gente pode esperar algo de bom de uma cidade quando o que a maioria quer dela é apenas distância?

http://revistaepocasp.globo.com/Revista/Epoca/SP/0,,EMI123356-16343,00-ESTATISTICA+DA+FALTA+DE+AMOR.html




segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Compostagem: lixo nutritivo

Restos de comida, folhas secas e até guardanapos podem servir de adubo para o seu jardim. Descubra como fazer uma composteira em casa e diminua o volume do seu lixo em até 90%

Por Cristiane Senna

Depois de pronto, o adubo produzido em casa pode ser colocado no seu jardim, na sua horta e até destribuído para suas amigas.


Resíduos orgânicos úmidos
Restos de comida
Caroço e cascas de frutas
Folhas de árvores e plantas recém-caídas
Saquinhos de chá usados
Borra de café

Separar o lixo é fácil e quase não dá trabalho. Com um pouquinho de boa vontade, plástico, vidro e outras embalagens podem ser encaminhados a cooperativas que se encarregam de sua reciclagem. Mas e as cascas de alimentos, os saquinhos de chá e a borra de café? Todos esses resíduos orgânicos podem se transformar em um adubo rico e nutritivo utilizando uma técnica de decomposição acelerada e controlada chamada compostagem – e o melhor, pode ser feito em um cantinho da sua cozinha.

Você deve estar pensando que decomposição gera mau cheiro. Nem sempre. “O lixo que apresenta odor forte está sempre em um saquinho fechado, abafado, isto é, fermentando. Com a compostagem isso não acontece, pois o monte precisa estar arejado e ser revirado a cada dois dias”, garante a bióloga Patricia Blauth, uma das idealizadoras do "Menos Lixo", consultoria que assessora escolas e empresas que buscam alternativas para minimizar o desperdício.

http://revistacasaejardim.globo.com/

Pague o quanto quiser: A nova onda da cidadania corporativa

Deixar que o cliente dite o preço de determinado produto ou serviço pode parecer um suicídio. Mas para o especialista em consumo Leif Nelson, a estratégia é uma excelente alternativa para empresas que desejam contribuir com a comunidade, aumentar a receita e melhorar a imagem delas.

Nesse podcast do Social Innovation Conversations, Nelson conta como chegou a essa conclusão a partir de uma série de experimentos de campo que realizou em grandes parques temáticos ao manipular vários aspectos da experiência de compra de fotos e souvenires.

Em uma parceria com Ayelet Gneezy e Uri Gneezy, Nelson publicou o artigo "Shared Social Responsibility: A Field Experiment in Pay-What-You-Want Pricing and Charitable Giving" na revista Science.

Eles descobriram que enquanto as pessoas compram menos produtos destinados à caridade com a opção “pague o quanto quiser”, o preço dos itens subiu suficientemente para compensar a ligeira perda de volume.

Ainda de acordo com o artigo, o total de receitas das empresas foi maior quando as doações estavam envolvidas. Compradores consistentemente relataram sentimentos mais positivos sobre a empresa que ofereceu o serviço “pague o quanto quiser” para produtos ligados à caridade.

Para o especialista, deixar que o cliente dê o preço
é uma boa estratégia de vendas / Foto: Kevin
Para Nelson, o aumento das receitas é apoiado por normas sociais que encorajam a generosidade com instituições de caridade. Ele defende que as empresas devem re-propor suas contribuições sociais através desse sistema de pagamento.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O GRANDE risco das idéias Verdes.

Programa CicloVivo entrevista a arquiteta e ambientalista Nina Orlow

O Programa CicloVivo desta semana entrevista a arquiteta, integrante das Agendas 21 locais de São Paulo e da Rede Nossa São Paulo, Nina Orlow. Com uma vasta experiência na área ambiental, Nina falará sobre a importância da participação da sociedade na busca por um país mais sustentável.

A arquiteta e urbanista integra hoje o grupo de trabalho da área de meio ambiente da rede Nossa são Paulo, que trabalha através da união entre o poder público e a sociedade civil e privada, na busca de condições melhores para a cidade.

Nina também é muito reconhecida pelo trabalho realizado com a Agenda 21, que é um documento resultante da Conferência Eco-92, realizada no Rio. O documento tem como objetivo fazer com que os países reflitam sobre as maneiras de solucionar os problemas sócio-ambientais. Seguindo esse modelo, a cidade de São Paulo possui Agendas 21 Locais, cuja proposta é adequar a Agenda à realidade, condições e situações da cada região.

O terceiro foco da entrevistada dessa semana são os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que surgiram a partir da Agenda 21 e tem oito alvos a serem atingidos, na busca por um mundo melhor. Entre os objetivos estão a erradicação da pobreza, combater a AIDS e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental e muitas outras coisas.

Esses e outros temas serão debatidos e apresentados no Programa CicloVivo desta quarta-feira (1), que vai ao ar no canal de TV pela internet allTV, das 15h às 16h.

http://www.alltv.com.br/

Nina Orlow é reconhecida pelo seu trabalho realizado com a Agenda 21, que é um documento resultante da Conferência Eco-92. (Imagem:Época)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Parada Veg 2010 e DIDA

Data: 05 de dezembro (domingo) às 10h00.
Local: Av. Paulista, em frente ao Masp, São Paulo.

Parada Veg
coordenação: ConsciênciaVeg

A Parada Veg é uma passeata pacífica e divertida, que celebra nossa opção de consciência com harmonia e afetividade.

Uma passeata para todas as idades.
Traga seus familiares, vegetarianos ou não. Todos são bem vindos.
Traga sua ONG, seu grupo ativista, sua turma.
Este é um evento para todos, sem distinção.

Esta passeata tem como principais objetivos:

•divulgar o vegetarianismo como estilo de vida pacífico e ético;
•afirmar o direito do vegetariano de exercer sua opção de consciência de forma plena e cidadã, e;
•fomentar o desenvolvimento de produtos e serviços para vegetarianos, tanto pelo setor público quanto pelo setor privado e pelo terceiro setor.
E na sequência:
DIDA
coordenação: Holocausto Animal
Novidade: Este ano, por iniciativa do grupo Holocausto Animal, o DIDA foi antecipado e irá se juntar à Parada Vegetariana.

O Dia Internacional dos Direitos dos Animais ocorre todo dia 10 de dezembro desde 1998 e foi criado pela ONG Inglesa UNCAGED. A data é uma alusão à ratificação na ONU, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, e tem como objetivo chamar a atenção para a necessidade de inclusão de todos os animais não humanos, como sujeitos de direito, capazes de sentir e sofrer. O DIDA é observado no Brasil desde 2006.

O DIDA deste ano abordará como tema principal:
SE VOCÊ PARAR DE COMER, ELES PARAM DE MATAR

Precisamos ajudar a divulgar o vegetarianismo como única opção na criação de uma cultura de paz, na tentativa de construção de um mundo melhor, onde possa haver harmonia entre todos os seres vivos.

Realização:
ConsciênciaVeg
ANDA
Ativeg
Holocausto Animal
Instituto Nina Rosa
SVB – Sociedade Vegetariana Brasileira

ECO-CANECA


Faça parte também, leve sua caneca !

A solução para o descarte de copos plásticos.
Após pesquisas realizadas por organizações em todo o mundo, foi constatado um exagerado consumo de copos plásticos nas empresas durante o expediente de trabalho, chegando a média a oito unidades diárias por pessoa, considerando a prática de utilização de copos duplos para proteção contra líquidos quentes acondicionados nos mesmos.

Veja um exemplo do que acontece em uma rede de loja:
200 Funcionários (loja) x 14 lojas = 2.800 x 8 copos x 26 dias = 582.400 copos x12 meses = 6.988.800 copos plásticos / ano.)

A preocupação com o impacto desse material no meio ambiente desenvolveu - a ECO-CANECA, para evitar o uso de copos plásticos descartáveis nas empresas, divulgando uma nova cultura nas empresas para o cuidado com nosso meio ambiente.

A Pró Terra acredita nesse material.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

DESTINE CERTO OS SEUS RESÍDUOS ORGÂNICOS

A Pró Terra participou de Feira ONG BRAZIL nesse ultimo final de semana e para quem esteve na feira ou para quem não conseguiu ir, separamos algumas dicas sobre compostagem e minhocário.

A compostagem de resíduos orgânicos é um processo de decomposição realizada por microorganismos onde ocorre a oxidação e oxigenação da matéria orgânica, podendo variar de uns poucos dias para várias semanas, de acordo com as condições ambientais

O minhocário é um sistema de reciclagem do resíduo orgânico caseiro, com minhocas. Esse composto se transforma em humus que tem a atulização como adubo.

As vantagens de um minhocário em casa:

1. Redução de grande parte do resíduo urbano destinado ao aterro.
2. Aproveitamento da matéria orgânica para hortas e jardins.
3. Melhoria da saúde do solo e ajuda na retenção e na drenagem.
4. Aumenta à capacidade de infiltração da água, reduzindo à erosão e ativa a vida do solo.

Você vai precisar de:
3 caixas em cor escura container), que possam ser empilhadas sem o apoio das tampas; torneirinha;Pedaço de manta permeável; Minhocas, Resíduos Orgânicos.


O que pode e o que não pode colocar no minhocário
Restos de alimentos Resíduos de alimentos como restos de verduras, cascas e talos são uma excelente fonte de nitrogênio. Quase todos esses tipos de resíduos podem ser usados na composteira, com exceção apenas para cascas de limão, excesso de frutas cítricas (laranja, tangerina, abacaxi), além de cascas e restos de cebola e alho. A razão é que esses resíduos modificam o PH do minhocário e prejudicam tanto as minhocas quanto a qualidade do composto.

Podas, grama e folhas Outros resíduos que podem ser usados são restos de poda de árvores e grama, além de folhas. Nesse caso, os materiais podem ser usados frescos ou secos. O que diferencia esse uso é a busca pelo equilíbrio da relação Carbono / Nitrogênio. Todos os resíduos frescos possuem alta concentração de nitrogênio. Por isso, o equilíbrio ideal para a compostagem é usar 70% de resíduos ricos em carbono e apenas 30% de resíduos ricos em nitrogênio. O uso de materiais secos como serragem ou folhas, além de evitar o aparecimento de animais indesejados, ajuda nesse equilíbrio.

Alimentos processados Os alimentos processados (cozidos ou assados) podem ser usados para compostagem, desde que em pequenas quantidades. Um dos motivos dessa restrição é evitar o acúmulo de sal, condimentos e conservantes químicos no minhocário, que fazem mal às minhocas. Outra razão é que alimentos cozidos são muito atrativos para animais, domésticos ou não, o que pode resultar em surpresas desagradáveis. Assim, o ideal é misturar esse tipo de resíduos em pequenas quantidades, cobrindo muito bem com serragem.

Carnes, gorduras e laticínios Não devem ser colocados para compostagem. Além de apresentarem uma decomposição extremamente lenta, a possibilidade de atrair animais indesejáveis é muito grande.

Borra de café Além de ser uma excelente complementação nutricional para as minhocas, a borra de café também inibe o aparecimento de formigas. Basta espalhar a borra por cima dos resíduos antes de colocar o material seco. Se usar filtro de papel, basta colocá-lo junto com a serragem para que também seja compostado.

Cuidados:


• Controlar a umidade na caixa onde estão as minhocas. Elas gostam de um ambiente úmido, porém sem excessos. A umidade dos restos de alimentos, especialmente frutas, normalmente é suficiente ou mesmo excessiva.
Quando há excesso de líquidos, a tendência é que eles sejam drenados para a caixa coletora que fica na base da pilha para esse fim (coletar chorume). De qualquer forma, é interessante evitar que o minhocário fique muito molhado, protegendo-o de chuva.
O problema inverso, deixar o minhocário muito seco, costuma ser mais grave para a saúde das minhocas. O minhocário deve ficar protegido do sol e, especialmente no verão, verifique se o resíduo orgânico na caixa com as minhocas precisa de mais água. Nesse caso, molhe conforme a necessidade.

• Utilizar uma tela isolando o minhocário de formigas, moscas entre outros insetos que podem ser atraídos pelo processo de decomposição da matéria orgânica. Recomendo por ser desagradável ter moscas se proliferando por perto.

• Controlar o volume de alimento em relação à proporção de minhocas. Alimento abundante não é problema. Os cuidados devem ser no sentido de evitar ter pouco alimento para um número muito grande de minhocas. Assim, observe se as minhocas estão se multiplicando normalmente, verificando se há indivíduos em diferentes etapas de desenvolvimento (filhotes e adultos). Também se parecem “gordinhas” e saudáveis. Talvez você considere esse tipo de análise empírica e difícil. Não se preocupe, continue interagindo e observando seu minhocário, pois somente assim você irá desenvolver sua sensibilidades acerca do que se passa naquele ambiente.


Se você considerar que há minhocas demais, pode tirá-las para outro minhocário ou mesmo largá-las em um canteiro de plantas. Uma última dica se refere à “migração das minhocas”. Ou seja, quando a segunda caixa estiver chegando no seu volume máximo de preenchimento você começará a colocar o lixo orgânico na caixa de cima (reserva). O fundo da caixa de cima deve ficar em contato com o conteúdo da caixa do meio, pois à medida que o resíduo orgânico se torna mais escasso na caixa do meio, elas irão buscar alimento na caixa de cima (lembrando que a primeira e segunda caixas possuem o fundo repleto de furos para facilitar a passagem das minhocas e/ou do chorume). Entretanto, no meu minhocário, observei que as minhocas buscavam alimento e retornavam para o ambiente da caixa anterior, a qual praticamente só continha húmus. Então, para acelerar um pouco o processo eu transferi manualmente um pouco de húmus e minhocas para a caixa de cima. Na minha opinião, esse espaço mais “agradável” está facilitando a migração.

No momento, grandes partes das minhocas já migraram e, em breve, poderá retirar o húmus pronto da caixa do meio. Quando vazia, ela ficará como reserva para ser colocada no topo da pilha, assim que a caixa atual estiver cheia.

Tenha um Minhoterra em sua casa!


email: rumo.proterra@uol.com.br




Protocolo contra biopirataria: entrada em vigor vai demandar 2 anos.

A entrada em vigor do Protocolo sobre o Acesso e Repartição dos Benefícios (ABS, na sigla em inglês) deverá demandar pelo menos dois anos. Esse é o espaço de tempo estimado para que cerca de 50 dos 193 países que participaram da Conferência sobre Biodiversidade, a COP-10, na cidade de Nagoya, no Japão, ratifiquem o acordo, explica o chefe da Divisão de Meio Ambiente do Itamaraty, embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto.
Defendido pelo Brasil com apoio de outras nações, o protocolo busca coibir a biopirataria, estabelecendo que as empresas farmacêuticas e de cosméticas que obtiverem lucros financeiros com a venda de produtos derivados de recursos animais, plantas ou microrganismos passem a compartilhar parte dos ganhos com as comunidades e países de origem da matéria-prima.

"Para o governo brasileiro, a adoção deste protocolo foi o ponto alto da Conferência de Nagoya. Por isso, esperamos que o Congresso Nacional o aprove e que a presidente da República o sancione o quanto antes", disse Neto durante a Conferência do Ano Internacional da Biodiversidade, promovida pelo Instituto Humanitare, com a aprovação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Redação Sociedade Sustentável

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pró Terra na Feira ONG Brazil 2010.

Venha nos visitar na Feira ONG Brazil (http://www.ongbrazil.com.br/ ), que acontecerá nos dias 25, 26 e 27 de novembro no Pavilhão Vermelho da Expo Center Norte. Entrada Gratuita.

Haverá uma Mini Oficina de Compostagem Orgânica, mostruário de como montar um Minhocário, dicas de Agroecologia, além de plantar sua própria muda de Girassol no Cantinho da Plantação.

Não esqueça! Cadastre e receba seu Panfleto Eletrônico, e fique por dentro das nossas atividades e do Calendário de Eventos para 2011.

Buscamos parcerias, idéias, sugestões que possam contribuir para um Planeta melhor para se viver!!!


Aguardamos vocês lá!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Calendário 2011

Professora Ondalva no 6º Seminário, inspiração!
Muito bem! Depois do 6º Seminário por uma Sociedade Sustentável, estamos com o ânimo renovado, a força recarregada e com muitas idéias para por em prática. Chegou a hora de nos reorganizarmos e partir para o trabalho!
No dia 16 de outubro passado estivemos reunidos, no Salão Paroquial de Guararema, para ratificar nosso compromisso de seguir em frente com a continuação da nossa sensibilização Socio-Ambiental.
Sabemos da importância da Sociedade Organizada na luta por um ambiente melhor para todas as pessoas, por isso a Pró Terra caminhará para se profissionalizar e atuar de forma mais efetiva, onde quer que seja.
Quando se fala "pensar global e agir local" devemos levar em consideração que nós, mesmo fazendo parte de uma única espécie, a humana, dependemos (mesmo que muitas vezes não entendemos) de todos os seres viventes e elementos do Planeta Terra. Em nossas pequenas atitudes, ao comprar um cosmético, ao optar por um tipo de condução, ao escolher nossos alimentos, ao descartar nosso lixo, estamos agindo localmente, mas sempre afetando o todo.
Imaginemos uma situação, que ao fazermos algo que afete o Planeta, mesmo que de forma ínfima, pensemos "Ah, isso não tem importância, uma vez ou outra não faz mal", mas tenhamos em conta que 1 bilhão de pessoas pensará da mesma forma, às vezes ao mesmo tempo, em todo o mundo (e é o que acontece), isso gerará um impacto extremamente negativo ao nosso Meio Ambiente. Por isso importa cada atitude pequena que temos, até as mais banais, como jogar papel de bala no chão, por exemplo.
O Planeta está cada vez mais doente. E não é porque a mídia fala ou deixa de falar sobre isso, pois a mídia depende muito dos patrocinadores, que muitas vezes são os aceleradores da degradação da Terra.
Dia desses a WWF (Fundo Mundial para a Vida Selvagem, em Português) publicou uma matéria dizendo que diminuiu em 30% a biodiversidade global nos últimos 40 anos. Isso representa quase 1/3 de todas as espécies. Esse é um dado chocante que a mídia (se fôssemos esperara dela) não deu importância. A verdade é que estamos maltratando o Planeta, com a emissão de poluentes, com o desmatamento das florestas, com a matança dos animais e também com nossos pequenos atos impensados (que geram a poluição, o desmatamento e a morte dos animais).
Disse tudo isso para reforçar nosso convite a melhorar nossa casa, que é o Planeta Terra. E como podemos fazer isso? Umas das formas é participando de grupos de estudo ou de trabalho, consumindo só o necessário, optando por meios de transporte menos poluentes, escolhendo uma alimentação mais saudável e que não cause impacto negativo no Planeta.
Nossa próxima reunião será no dia 6 de novembro, às 17h, no Salão Paroquial, no calçadão de Guararema, SP. Você está convidad@ a construir nosso calendário de atividades para 2011!

domingo, 22 de agosto de 2010

6º SEMINÁRIO POR UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL




25 de Setembro de 2010
 

No Guararema Parque Hotel (www.guararemahotel.com.br)

Em Guararema, SP







Palestras e Exposições:
10h Abertura e Palestra
A Preservação do Patrimônio Histórico e Artístico
(Arquiteto Antonio das Neves Gameiro)

11h30 Palestra
A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente
(Promotor de Justiça Dr. Fábio Brambilla)

12h30 Almoço

14h Palestra
Educação Integral para a Sustentabilidade Local e Planetária
(Engenheira Agrônoma e Professora Ondalva Serrano)

15h30 Palestra
Aspectos da Arborização e Recursos Hídricos em Áreas Urbanas
(Arquiteto Raul Pereira)

16h45 Encerramento
Encerramento Musical com Renato Firmino (violão e voz)

Exposições de Produtos Sustentáveis e de Fotos.

EVENTO GRATUITO, com Certificado de Participação.

VAGAS LIMITADAS A 100
Inscrições pelo email:
rumo.proterra@uol.com.br (informe nome completo e endereço eletrônico)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Seminário para Sociedades Sustentáveis

1º Seminário em 2003
Voluntários da Pró Terra com o muito
querido e saudoso José Mindlin.
Olá pessoal, já separem na agenda o dia 25 de setembro (2010), pois ocorrerá o 6º Seminário para Sociedades Sustentáveis. Como fazemos há alguns anos, nós da Pró Terra nos orgulhamos em mais uma vez promover este Seminário, que tem o intuito de promover a discussão de uma sociedade mais equilibrada, tanto com relação ao meio ambiente como para nosso cotidiano.
Estão confirmadas as presenças da Professora Ondalva Serrano, do Promotor de Justiça Dr. Fábio Brambilla e do Arquiteto Raul Pereira. Todos falarão de temas ligados à sustentabilidade, seja ela na educação, na legislação, no urbanismo e em qualquer ação do ser humano
Logo, aqui mesmo neste Blog e no syber espaço, divulgaremos a programação completa, que deverá contar também com exposições e venda de produtos sustentáveis.
Quem tiver algum produto que seja construído respeitando o meio ambiente poderá expor no Seminário.
Nos escreva: rumo.proterra@uol.com.br.
Beijos, abraços e até lá!!!

sábado, 27 de março de 2010

Hora do Planeta 2010: mais de 2 mil cidades em 117 países desligando as luzes entre 20h30 e 21h30.

Estima-se que um bilhão de pessoas no mundo todo devem apagar suas luzes, por sessenta minutos, no próximo dia 27 de março, às 20H30, na maior mobilização da Terra contra o aquecimento global. Trata-se da Hora do Planeta, uma ato simbólico, promovido pelo WWF-BRASIL, no qual governos, empresas e a população são convidados a demonstrar sua preocupação com o aquecimento global e as mudanças climáticas.A intenção é que por uma hora, das moradias mais simples aos maiores monumentos, as luzes sejam apagadas. No Brasil, a Hora do Planeta está em sua segunda edição e a REDE, agência com atuação multiplataforma do Grupo ABC, abraçou a causa, tornando-se Parceira de Comunicação da ação e organizando voluntariamente todo o evento que acontece a favor da iniciativa no Rio de Janeiro.

A partir de um evento realizado na noite do dia 27 no Jardim Botânico, autoridades, formadores de opiniões, parceiros, celebridades e empresários se reunirão em um ato simbólico para mostrar que o Brasil está preocupado com o aquecimento global e fazendo sua parte nessa luta. Entre 20h30 às 21h30 (hora de Brasília), monumentos cariocas serão apagados na noite da Hora do Planeta. São eles: o Cristo Redentor, a Praia de Copacabana, os refletores do Arpoador e a Igreja Nossa Senhora da Penha. Além desses, também já estão confirmadas as participações do morro do Pão de Açúcar, da Fiocruz - Fundação Oswaldo Cruz - e do Jockey Club Brasileiro. Este é o segundo ano consecutivo que o WWF-Brasil promove a Hora do Planeta no País. Por meio do site www.horadoplaneta.org.br os interessados em se unir a causa podem fazer seu cadastro e obter mais informações sobre o movimento. O WWF-Brasil também já está em contato com as principais capitais e cidades brasileiras para a realização da Hora do Planeta 2010. Entre as empresas patrocinadoras da Hora do Planeta 2010 estão Coca-Cola Brasil, HSBC, Tim e Walmart Brasil.

A Hora do Planeta começou em 2007, apenas em Sidney, na Austrália. Em 2008, 371 cidades participaram. No ano passado, quando o Brasil participou pela primeira vez, o movimento superou todas as expectativas. Centenas de milhões de pessoas em mais de 4 mil cidades de 88 países apagaram as luzes. Monumentos e locais simbólicos, como a Torre Eiffel, o Coliseu e a Times quare, além do Cristo Redentor, o Congresso Nacional e outros ficaram uma hora no escuro. Além disso, artistas, atletas e apresentadores famosos ajudaram voluntariamente na campanha de mobilização.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Como morrem as casas

Para Aziz Nacib Ab´Sáber, ilustre filho de Paraitinga, a ignorância arrasta a história para o fundo dos rios

O ESTADO DE SÃO PAULO - O pai de Aziz era homem de poucas letras brasileiras. Mas esse libanês maronita entendia o idioma do bom negócio. Quando a economia de São Luiz do Paraitinga começou a ruir por causa da Central do Brasil, ferrovia que tirou a cidade do eixo da exportação de café, seu Nacibinho levantou a barra da sua lojinha e foi-se embora com a família para Caçapava. Aziz tinha apenas 5 anos. Oito décadas depois, sua memória de São Luiz é viva o suficiente para que lamente todo o patrimônio histórico levado pela inundação e para que aponte nesta entrevista, colhida em interurbanos intermitentes para Ubatuba, os motivos "fisiológicos" que teriam levado a cidade do Vale do Paraíba a sucumbir sob as águas. Um deles é a periodicidade de uma crise climática anômala. Dependendo da região, de 12 em 12 anos, de 13 em 13 ou de 26 em 26, o mundo desaba. E os homens e as moradias sofrem com as chuvas, ainda mais se decidem ocupar o que não pode ser ocupado.

As escorregadelas políticas também cá estão. Aziz não é de poupar burrices administrativas, especialmente na área ambiental. Critica todas as camadas do governo - do federal, com quem se desentendeu logo no início do mandato do presidente Lula, ao municipal, com seus "prefeitos incautos". Só o enchem de esperança os jovens, mas aqueles que frequentam as boas universidades brasileiras, para quem este eterno mestre da geografia escreve o terceiro volume de suas Leituras Indispensáveis.

São Luiz do Paraitinga perdeu ¼ dos imóveis tombados. Foi um dos maiores desastres culturais do País. Como o senhor reagiu a isso?
É compreensível que, tendo nascido lá, eu sinta uma tristeza imensa com essa destruição. Houve, no passado, uma tragédia semelhante. Quando eu era menino, com 4, 5 anos, meus parentes comentavam: "A cidade foi inundada até a beira do mercadão". A casa dos meus pais ficava numa esquina em frente do mercado e o fundo dela era o rio, que volteava tudo. Mas, na época, São Luiz tinha um crescimento populacional mais razoável. Lembro que a margem de ataque do rio, à beira d'água, era uma estradinha tangenciando o morro para poder chegar ao caminho de Ubatuba. Andei muito do outro lado do rio, onde ia coletar pitangas gostosas na borda da mata. Hoje, além das pousadas, há os eucaliptais, que são uma presença extremamente perigosa no entorno de São Luiz. Os eucaliptólogos descobriram os morros da cidade, plantaram num nível de até 15, 20 quilômetros de São Luiz para oeste. Isso mudou todo o esquema.

Como assim?
Os eucaliptos oferecem vantagens econômicas para os donos de empresas, mas, com eles, há o sugamento da água subterrânea. Na estrada de Tamoios, próximo da represa do Paraibuna, a formação de bosques de eucaliptos é ainda maior. Os eucaliptólogos se reúnem sempre lá para fazer seus projetos. Ocorre que os prefeitos são incautos. Dando um pouco mais de impostos e de dinheiro para a prefeitura, eles deixam acontecer.

Que características tem a cidade para já ter sofrido inundação no passado?
Toda aquela região da Praça da Matriz, que é a região da Rua das Tropas e a região do mercado, tudo aquilo é envolvido por um meandro. Meandro é uma volta do rio às vezes muito alongada, às vezes mais estreita. Todo meandro tem um lóbulo interno, a várzea. Do outro lado, sobretudo em áreas de morros, ficam os declives. Bom, tudo isso se modificou muito. Antigamente, o povo chamava o período de maior cheia do rio, embora não catastrófica, de tromba d'água. As duas expressões mais bonitas de São Luiz eram rio acima e rio abaixo. Vinham de rio acima grandes aguadas, mas elas raramente subiam até o lóbulo e, portanto, até a praça. Desta vez, as grandes chuvas desceram os patamares de morros e chegaram aos terraços. Houve deslizamentos de blocos de terra, árvores, pedaços de rocha. Foi uma tragédia total.

Técnicos atribuem a desgraça também ao excesso de chuvas. Está mesmo caindo mais água do céu?
Este é um período anômalo, de grandes interferências na climatologia da América do Sul, provocadas por um aquecimento relacionado ao El Niño. Primeiro foi no nordeste de Santa Catarina, depois no Rio e no Espírito Santo, depois em São Paulo, depois em Minas, depois no sul de Mato Grosso. A coisa foi se ampliando por espaços do tropical atlântico e por outras áreas do planalto brasileiro. Na época da enchente catarinense, fiz uma listagem da periodicidade climática de exemplos bastante prejudiciais para cidades e campos. Esse trabalho está publicado na revista do Instituto de Estudos Avançados de dezembro e mostra que, de 12 em 12, ou de 13 em 13, ou de 26 em 26 anos, desde 1924 até dezembro de 2008 e dependendo do lugar, houve essa periodicidade. Cheguei à conclusão de que é preciso muito cuidado nos próximos 12 anos em Blumenau e fazer obras de retenção na área de extravasamento do rio no sítio urbano. Caso contrário, quando esse ciclo atormentado da climatologia se repetir, será reanunciada a desgraça.

Mas o senhor previu que Paraitinga também poderia sucumbir?
Quando passei a visitar de novo o município para conhecer melhor minha terrinha, não senti a possibilidade de invasão de águas no lóbulo interno pegando a Praça da Matriz. Não senti. Não achei que isso ia acontecer. Tanto que insisti muito em trazer a biblioteca de ciências, que estava na ex-casa de Osvaldo Cruz, para um lugar mais baixo e frequentado por crianças. A Praça da Matriz seria o lugar ideal. Transpuseram os livros, montaram uma bibliotecazinha ali. Os empresários, aliás, em vez de se preocupar com a cidade, resolveram fazer uma dádiva apenas para mostrar colaboração. Criaram a biblioteca infantil e mandaram comprar livros que não tinham nada de relação com a educação infantil. Eu fiquei furioso com isso. Continuei levando muitos livros para lá, auxiliado por uma pessoa que fez história na USP. Foi a minha tarefa. Mas a gente não sabia que ia chegar o dia dos 13 em 13 e dos 26 em 26. Passei a me preocupar com isso depois que estudei o quadro na região de Blumenau. Já estava escrito.


Também já estavam escritas as mortes em Angra?
Lá foi invasão em áreas de risco, pousadas sucessivas nas encostas. Morro é sempre complicado. Como os prefeitos deixam isso acontecer sabendo que embaixo dos morros tropicais tem solo vermelho fofo, de forma que casas bem construídas ou mal construídas podem, durante esses ciclos de climatologia anômala, descer pelas encostas, matar as pessoas, derruir as cidades? O principal derruimento, minha filha, é a ignorância das pessoas. Ao saber que o governo do Estado do Rio havia liberado áreas de risco e de proteção ambiental para a expansão das cidades, fiquei desesperado. É preciso ter menos ignorância, mais planejadores, mais equipes interdisciplinares capazes de observar o sítio urbano, a região do rio acima, a região do morro, a do lóbulo interno dos meandros. A moça que trabalha aqui comigo em Ubatuba me dizia que, por morar em bairro afastado, não tem escola para os filhos. Começa por não ter escola, começa por não conhecer a história da cidade, tampouco o clima da região.

Que história se perdeu sob as águas do Rio Paraitinga?
A história de uma cidade que enriqueceu durante o ciclo do café e decaiu com a estrada de ferro. Durante o ciclo, a única maneira de exportar o café era saindo de Taubaté e passando pela região onde hoje está São Luiz. Ali se formou uma rua alongada, com as casas à direita e à esquerda, a Rua das Tropas. Pois bem, algumas pessoas dos arredores de São Luiz também tiveram ali fazendas de café. Houve uma época, inclusive, em que empreendedores de origem francesa tentaram fazer uma indústria de tecidos no caminho que vai de São Luiz a Ubatuba, por isso muitos nomes da cidade têm origem híbrida, portuguesa e francesa. Mas foi um investimento fracassado.

E como surgiram os casarões?
Os fazendeiros de café ficaram tão encantados com a exportação do produto pela estrada que tiveram, a partir de 1850, a ideia de construir casarões para morar na cidade. E toda roça é muito triste à noite, sobretudo aquelas com riachos cortando os morros. Enquanto na roça permaneceram os capatazes, na cidade os fazendeiros receberam imigrantes de várias partes, especialmente de Portugal, que tinham tradição e capacidade de construir casarões de pau a pique e taipa. Não é uma coisa que resista a todos os tempos, sobretudo quando há enchentes dramáticas. Bom, filha, essas pessoas receberam uma tragédia socioeconômica em torno de 1900, quando se estabeleceu a Estrada de Ferro Central do Brasil. Todo o café, do vale inteiro, passou a sair pela estrada por Taubaté, São José dos Campos e Lorena em direção ao Brás e, de lá, pela Estrada Santos-Jundiaí . Mudou-se o eixo da exportação. O problema era sério e grave. Algumas famílias de fazendeiros foram fenecendo. Pessoas de Minas Gerais, que sabiam guardar seu dinheirinho, vieram para São Luiz e compraram terras para fazer o que sabiam fazer: criar gado leiteiro. Disso viveram por muitos anos. Quanto aos casarões, muitos foram transformados em hotéis.

O senhor acredita que Paraitinga voltará a ser polo turístico?
A USP, universidade em que nasci como pessoa cultural, vai fazer um grupo de trabalho para compreender a cidade em todos os níveis. Disseram que queriam colocar o meu nome em primeiro lugar na equipe. Pedi que não me constrangessem. Eu já estou muito constrangido com mil coisas, estou desesperado com os péssimos políticos que o Brasil tem.

O senhor disse certa vez que o governo não tinha noção de escala. Continua achando o mesmo?
Em projetos médios e maiores, continua sem noção. E quem não tem essa noção dirige mal o seu país. No caso do presidente da República, sempre insisti com ele: "Você, que sabe fazer discurso, fale nas suas prédicas que vai pensar no nacional, no regional e no setorial". O nacional é a Constituição, são as reformas especiais que precisam acontecer de tempos em tempos. Regional é o conhecimento do Brasil como um todo: as terras baixas da Amazônia, os afluentes do Amazonas, o Golfão Marajoara, as colinas recobertas por caatingas entre as chapadas do Nordeste, entrando um pouquinho pelo Piauí e muito pelo Rio Grande do Norte, com raros solos vermelhos, bons quando a topografia é suave. Esses locais foram muito úteis para o Ceará, mais úteis que alguns políticos que existem lá. O setorial pressupõe pensar em educação, saúde pública, transportes, comunicação livre, setor socioeconômico e setor sociocultural.

Há quem atribua essas tormentas climáticas dos últimos meses ao aquecimento global. Há alguma verdade nisso?
Isso é bobagem. O ciclo deste ano é um ciclo periódico complicado. Essas pessoas que falam em aquecimento global erraram tanto até hoje... Diziam, por exemplo, que o aquecimento iria derruir a mata amazônica. Outro publicou num jornal de São Paulo que, por causa do aquecimento global, a mata atlântica de Santa Catarina até o Rio Grande do Sul seria destruída. Ele não sabia que essa mata só está na costa. Agora, é verdade que, somando os aquecimentos das áreas industriais e das áreas urbanas, dá um aquecimento contínuo. Daí em Copenhague terem defendido o combate a ele.

O senhor achava que a COP-15 teria outro desfecho?
Eu sabia que seria um insucesso. Quero um bem imenso à Dinamarca, tenho razões culturais para isso, mas note bem: quando vi que o Lula ia indicar um grande número de pessoas, foram mais de 740, eu disse: como é que em Copenhague, cidade relativamente pequena, tradicional, como é que vai haver uma reunião em que mais de 740 pessoas possam fazer debates? Ia dar numa coisa zero.

Foi um insucesso por causa da grande comitiva brasileira?
Foi por causa de tudo, mas o Brasil viajou para lá exuberante. Levaram a Dilma. A Dilma nunca entendeu de meio ambiente. Não tem culpa. Ela tem outro passado, daí ter sido colocada inicialmente no Ministério de Minas e Energia.

E o que o senhor acha de Marina Silva como candidata, ela que sempre esteve ligada à preservação ambiental?
Ela não conhece o Brasil. É uma mulher do Acre, uma pessoa que acredita no criacionismo. Ela é ela, e acabou. Tudo o que sabe é que existiram aquelas fantásticas atitudes de Chico Mendes.

Quem entende de meio ambiente no governo, professor?
No governo, apenas os técnicos mais jovens do Ibama, com o auxílio de promotores públicos também jovens, saídos das boas universidades brasileiras. São eles que me dão entusiasmo, são eles que me dão esperança. Mas o Ibama está gradeado pelo governo federal, o que é um absurdo. Isso vai redundar, no futuro, em muita coisa contra a biografia de todos eles, sejam governantes federais, estaduais ou municipais. Digo e repito: nós no Brasil precisamos aprender a contestar os idiotas.
Contribuição de Reinaldo Krugel de Melo
Extraído do Blog SOS Rios do Brasil

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Pró Terra em ação!!!


Queridos amigos e queridas amigas,
Como muitos já sabem, a Pró Terra surgiu em Guararema, SP, em 2001, com o intuito de sensibilizar as pessoas para a importância da questão ambiental. Tivemos momentos muito importantes, como a realização de seminários para Sociedades Sustentáveis, campanhas de Educação Ambiental, plantio e doação de mudas de árvores nativas, limpeza de rios e cachoeiras, Projeto Raízes, entre outras atividades. Tivemos também um período de inatividade, que podemos entender como período de maturação.
Desde o final do ano passado (2009) estamos nos organizando de forma efetiva para tornar a Pró Terra uma organização forte e presente, não apenas realizando atividades (que também são importantes), mas buscando também ser uma ferramenta para as pessoas que querem cuidar melhor do nosso planeta, que tem mostrado cada vez mais sua força, nos mostrando o quanto somos frágeis diante dele e nos mostrando as consequências das nossas ações erradas.
Dentro de nosso interesse de atuação está também a proteção do patrimônio cultural e histórico, entendendo que a Educação Ambiental permeia diversos setores e diversos assuntos, ligados a vida na Terra e a sua qualidade.
Um dos resultados de nossas novas ações está este BLOG, que  serve também como um veículo para quem, de qualquer parte do planeta, queira interagir com o nosso trabalho. Portanto, sinta-se a vontade para fazer seus comentários e sugestões.
Saudações verdes, 
Organização Ambientalista Pró Terra.