segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Pague o quanto quiser: A nova onda da cidadania corporativa

Deixar que o cliente dite o preço de determinado produto ou serviço pode parecer um suicídio. Mas para o especialista em consumo Leif Nelson, a estratégia é uma excelente alternativa para empresas que desejam contribuir com a comunidade, aumentar a receita e melhorar a imagem delas.

Nesse podcast do Social Innovation Conversations, Nelson conta como chegou a essa conclusão a partir de uma série de experimentos de campo que realizou em grandes parques temáticos ao manipular vários aspectos da experiência de compra de fotos e souvenires.

Em uma parceria com Ayelet Gneezy e Uri Gneezy, Nelson publicou o artigo "Shared Social Responsibility: A Field Experiment in Pay-What-You-Want Pricing and Charitable Giving" na revista Science.

Eles descobriram que enquanto as pessoas compram menos produtos destinados à caridade com a opção “pague o quanto quiser”, o preço dos itens subiu suficientemente para compensar a ligeira perda de volume.

Ainda de acordo com o artigo, o total de receitas das empresas foi maior quando as doações estavam envolvidas. Compradores consistentemente relataram sentimentos mais positivos sobre a empresa que ofereceu o serviço “pague o quanto quiser” para produtos ligados à caridade.

Para o especialista, deixar que o cliente dê o preço
é uma boa estratégia de vendas / Foto: Kevin
Para Nelson, o aumento das receitas é apoiado por normas sociais que encorajam a generosidade com instituições de caridade. Ele defende que as empresas devem re-propor suas contribuições sociais através desse sistema de pagamento.


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